quarta-feira, 7 de novembro de 2012

MONÇÃO


Aqui, minha alma se acalma, porque estou em casa... 
 
 
Se em Lisboa está minha origem paterna, é em Monção que vive minha raíz mais profunda, a família de minha mãe, a indentidade que vê-se nos olhos de todos os Moscosos.
 
A vila de Monção, provavelmente fundada no século XIII, fez outrora parte de uma série de praças-forte que guardavam e defendiam esta zona fronteiriça, separada de Espanha pela barreira natural do rio Minho.
 

Centro de Monção
 

 
 
Vila atraente e remota, Monção orgulha-se da sua
 Igreja Matriz, em estilo românico e com um belo portal esculpido,

 das casas quinhentistas que ladeiam as praças enfeitadas de canteiros de flores, castanheiros e passeios calcetados, e do seu Parque das Termas, densamente arborizado,

onde águas de temperatura elevada são usadas para tratar problemas respiratórios e dermatológicos .




Igreja da Matriz

                                                 Praça Deu-la-Deu Martins


 

Termas
 
Uma das principais atrações de Monção, partilhada com o concelho vizinho de Melgaço, é a Rota do Alvarinho, consagrada ao excelente vinho verde que se produz na região. De sabor delicado e ligeiramente gasoso, deriva de uma casta de uvas brancas cultivadas em encostas graníticas e que beneficiam de um microclima especial.
 


 












A   maior parte das vinhas pertence a
quintas com casas solarengas que foram
restauradas e podem ser visitadas, a par
das respectivas adegas, durante o
itinerário.


 Um dos locais mais conhecidos é o  Palácio da Brejoeira, em estilo neo-clássico,
 a cerca de cinco quilómetros da vila de Monção.
 


 O Palácio da Brejoeira localiza-se na freguesia de Pinheiros. Foi erguido nos
 primeiros anos do século XIX, tendo as obras se prolongado até 1834. Embora não
 hajam provas evidentes sobre quem foi o autor de seu projeto, este tem sido atribuído a Carlos Amarante, à época, um dos mais importantes arquitetos em atividade no norte do país.




Pertenceu inicialmente a Luís Pereira Velho
de Moscoso, nascido em 1767.


       
   Em estilo neo-clássico, apresenta planta em forma de "L". As suas quatro fachadas são limitadas por três torreões.     No seu interior encontram-se faustosos salões com valiosas pinturas e frescos e distinta decoração, bem como uma capela e um teatro. Está rodeado de frondosa mata e encantadores jardins.
 



O concelho de Monção oferece um vasto cardápio de paladar caseiro e gostoso que compreende, entre outros, o arroz de lampreia do rio Minho, o sável e o salmão, geralmente servidos grelhados ou em caldeirada, o cabrito assado à moda de Monção.
Na  doçaria, as delicias conventuais das “barriguinhas de freira” e os populares papudos e roscas.


Lampreia
              

 
 
 
      Barriguinhas de Freira
 
 
 
O Concelho de Monção situa-se no limite norte de Portugal, inserindo-se na região do Alto Minho juntamente com mais nove municípios. Estabelece fronteira com Espanha, através do Rio Minho, confinando com os concelhos de Arcos de Valdevez, Melgaço, Paredes de Coura, e Valença.
 

Com 33 freguesias dispersas pela sede do concelho e freguesias envolventes e pelas áreas geográficas do Vale do Gadanha e do Vale do Mouro, o Concelho de Monção tem muito para oferecer para quem o visita e pretende passar um tempo agradável na Terra de Deu-la-Deu, Alvarinho e Termas.



Deu-la-Deu Martins, heroína de Monção


Defendeu a vila de Monção da invasão espanhola e a ela é dedicado o brasão de Monção.

Lenda ou realidade, Deu-la-Deu Martins é uma figura conceituada e que ficou para sempre na História de Portugal.

No século XIV Monção foi cercada pelos soldados de Castela em virtude da guerra que

decorria entre D. Fernando de Portugal e Henrique II de Castela.
 
 
É desta altura que data a lenda de Deu-la-Deu Martins, mulher do capitão-mor de Monção, Vasco Gomes de Abreu.  Após um longo cerco às muralhas de Monção, a fome reinava no interior da fortaleza, e  começavam os habitantes a pensar em rendição. No entanto, Deu-La-Deu manda recolher o  pouco trigo que existia pelas cercanias e manda cozer alguns pães. Lançando-os aos galegos,  depressa a estratégia teve um efeito devastador nas hostes inimigas que julgaram estar a fazer um cerco a uma vila onde reinava a abundância.

Vista sobre o Rio Minho
 
    Muralhas da Fortaleza de Monção.

































 

 










 




 

 





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